Sim, agora temos um podcast!
Já havia falado disso aqui, mas era um projeto que estava sendo trabalhado. Graças ao Jordan, nosso diretor e um dos participantes, isso se fez possível essa semana.
Ouça agora nosso primeiro episódio: Blogs Livros e Dilemas Malditos
Resenhas, notícias e o cotidiano dos heróis da literatura nacional e internacional.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
#Crônica06 - Propostas
Como toda sexta-feira na igreja do Sagrado Coração de
Jesus, aquela era noite de Adoração ao Santíssimo Sacramento. Genésio, que
adotara a prática de frequentar esse momento toda semana desde julho, quando o
novo semestre começou, já estava pronto e dentro da igreja, só esperando o
padre começar.
Sobre a nuca, Genésio passou a adoração inteira sentindo
um olhar malicioso, como se o homem estivesse bem junto dele. Quando virou-se
para trás, percebeu o desvio rápido do olhar de um senhor já de idade, sentado
no penúltimo banco de madeira.
Ignorando, Genésio virou-se novamente para frente,
retomando a atenção ao padre, que erguia o ostensório, já finalizando a benção
do Santíssimo.
Quando se virou novamente, o rapaz viu que o senhor não
estava mais lá, no lugar de antes. Então caminhou até a saída mais próxima, as
pessoas já evacuando a igreja, e deu de cara com o homem de cabelos grisalhos e
sorriso malicioso no rosto, puxando os olhos de expressão cansada escondidos
pelos óculos bifocais.
─ Olá, rapaz ─ cumprimentou o senhor, estendendo a mão
para que Genésio pegasse.
Genésio apertou sua mão firmemente e sorriu de maneira
tímida em resposta.
─ Olá, senhor...
─ Notei que vem toda sexta... Promessa?
─ Não, não... Só o comecei a vir por experiência e acabei
gostando.
─ Hmm... ─ disse o homem, pensativo. ─ E qual o seu nome?
─ Me chamo Genésio. E o senhor?
─ Carlos. Qual sua idade, Genésio?
─ Tenho vinte e três anos... E o senhor?
─ Quase sessenta, mas bem. Em forma ─ ele riu.
Genésio riu de volta. Gostara da simpatia do senhor.
Parecia um homem bem estruturado na vida, do tipo que era casado com uma mulher
de meia idade e tinha um casal de filhos da mesma idade que o rapaz.
─ Então, Genésio... Que tal ir na minha casa?
O rapaz assustou-se. “Como assim?”, perguntou-se. E,
depois, em voz alta:
─ Como assim, seu Carlos?
─ Ah, rapaz... Vamos na minha casa. Podemos fazer um
lanche, jogar conversa fora, fazer algo... além do pudor...
Nisso, Carlos já passara a mão no peito de Genésio e
acariciava, agora, seus encaracolados cabelos castanhos.
─ Eu... Ahn... O senhor não é casado?
─ Não mesmo. Me divorciei da minha mulher no primeiro ano
de casamento. Não gostava dela. Meu negócio era outro...
Tenso, Genésio estava meio sem reação, mas, simplesmente,
afastou-se um pouco do senhor Carlos e disse:
─ Podemos deixar para outro dia? Estou com um pouco de
pressa, preciso fazer uns trabalhos...
─ Claro, claro ─ respondeu o homem, sorridente. ─ Espero
você na próxima sexta-feira.
Genésio ficou mais tenso ainda.
No caminho para casa, pensando no sorriso do senhor
Carlos, o rapaz já não sabia se deixava de frequentar aquela igreja nas
sextas-feiras ou se, simplesmente, rendia-se aos encantos daquele homem mais
velho. Afinal, as pessoas costumam fazer propostas em que pensar só duas vezes
antes de aceitar ou é pouco ou irracional demais.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
#Crônica05 - Sonhos
Um
homem, Aloísio, tinha o estranho sonho de, um dia, jogar-se de um prédio de
trinta andares. Sem questionamentos, por favor.
Sem pressa para realizar tal desejo, ele andava pelas
ruas a caminho do trabalho admirando as grandes construções pela cidade,
procurando alguma que o agradasse mais. Parecia até uma criança que, pela
primeira vez, vê um avião passar no céu: cabeça erguida e sorriso bobo. Algumas
pessoas até encaravam aquela situação como algo idiota. “Que cara estranho”,
diziam alguns garotos. “Deve estar querendo abraçar os prédios”, dizia uma
senhora, rindo. Aloísio nem sempre ouvia, e quando ouvia, ignorava.
Era casado. Julieta sempre soube que o marido tinha tal
sonho, porém nunca ligou muito; ela encarava aquilo como uma brincadeira. Sempre
duvidou da capacidade do marido de cometer aquele ato, mas ficava muda diante
das situações em que ele contava tal fato sobre si em reuniões de família ou
trabalho.
Até que um dia Aloísio começou a colecionar uma série de
matérias de jornais e revistas, procurando onde pudesse encontrar reportagens,
textos e crônicas sobre suicídio, sobre se jogar de prédios e monumentos etc. A
partir desse momento, Julieta descobriu que poderia ficar viúva mais rápido do
que esperava.
Um dia, quando Aloísio saía para o trabalho, ela disse
que o acompanharia até a igreja ─ que ficava no caminho. De certo, ela queria
conversar com Deus para colocar algumas porções de juízo na cabeça do marido.
Enquanto ela estava na igreja, o marido, indo para a
repartição em que trabalhava, acabou mudando de rumo e adentrando um prédio
para o qual sempre olhava quando passava por ali. O porteiro não ligava muito
para quem entrava ou saía, então Aloísio conseguiu pegar facilmente um elevador
até o último andar do edifício, tendo que usar uma escada para chegar ao
terraço.
Na rua, as pessoas não prestavam tanta atenção ao que
acontecia lá em cima. Talvez estivessem ocupadas demais com seus celulares, com
os horários que tinham a cumprir ou rezando em suas igrejas cinzentas de
vitrais coloridos pelos maridos ou esposas que sofriam de supostos distúrbios
mentais.
Aloísio, em seus quarenta anos de vida, nunca conseguiu
entender ao certo o porquê de as pessoas não acreditarem no seu sonho. Todo
sonho deve ser realizado, deve ser cumprido e, quem sonha, tem a obrigação de
cuidar para que aquele desejo se concretize. Qual era a dificuldade em entender
isso?
Ele posicionou-se no parapeito. Encarou o céu, da mesma
forma como encarava o prédio, outro dia, como uma criança.
Ele enxergava as nuvens, os pássaros, o sol e a cidade
toda. Enxergava os outros prédios, casas, carros, árvores e praças. Enxergava
as pessoas, e, dali de cima, elas não passavam de seres insignificantes que não
pensam direito.
O louco não era ele.
Sorriu.
Um impulso para frente, ele caiu. Mas caiu sorrindo.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
#review10 - "O Espadachim de Carvão", de Affonso Solano
Saindo do atraso
Sinopse: Filho de um dos quatro deuses de
Kurgala, Adapak vive com o pai em sua ilha sagrada, afastada e adorada pelas
diferentes espécies do mundo. Lá, o jovem de pele absolutamente negra e olhos
brancos cresceu com todo o conhecimento divino a seu dispor, mas consciente de
que nunca poderia deixar sua morada.
Ao completar dezenove anos, no entanto,
isso muda.
Testemunhando a ilha ser invadida por um
misterioso grupo de assassinos, Adapak se vê forçado a fugir pela vida e se
expor aos olhos do mundo pela primeira vez, aplicando seus conhecimentos e uma
exótica técnica de combate na busca pela identidade daqueles que desejam a
morte dos Deuses de Kurgala.
Há
quem diga que um autor brasileiro não pode escrever um livro bom. Então...
vamos fazer essas pessoas se engasgarem com O
Espadachim de Carvão?
Affonso Solano, uma rapaz barbado e que faz caretas legais, nos apresenta, de maneira sensata e coesa, um mundo novo chamado Kurgala, dividido em cinco continentes e habitado pelas mais estranhas espécies de plantas e criaturas loucas que você, caro leitor de fantasia, possa imaginar. Lá vive um rapaz de 19 ciclos (creio que seriam nossos anos terrestres), de pele negra e completamente diferente de qualquer outra criatura dali, chamado Adapak. Ele é filho de um Dingirï ─ um dos deuses de Kurgala; ao todo são quatro, mas não parei para decorar o nome deles.
A história começa com o herói combatendo um grupo de guandirianos (que chamo de morcegões)
com suas espadas gêmeas, Igi e Sumi, feitas de osso de anbär ─ uma das maiores criaturas de
Kurgala, mas acho que ainda perdem para os mursuazagues
(vermes-do-mar gigantes). Já no capítulo seguinte, percebe-se que a história
muda para o passado, e encontramos um Adapak apaixonado salvando sua amada,
T’arish, das garras de quatro gisbanianos
(homens-cabeça-de-arco) que queriam sacrificá-la como oferenda, vejam só, ao Pai de Adapak, Enki’ När (indescritível),
um Dingirï. Depois disso, percebe-se a alteração dos momentos; um capítulo fala
do “presente” da história e outro do “passado”, por assim dizer.
O que torna a história ainda mais empolgante são as
viagens de Adapak e os perigos que ele enfrenta, os “amigos” que encontra e
desencontra e cada sentimento que é expresso tanto por ele como pelos que o
cercam no decorrer do livro.
É um personagem incomum em muitos sentidos: tem uma pele
negra como a argila mais escura, é careca, não tem orelhas ou nariz, apenas
cavidades por onde passam o som e os odores; é ingênuo, inocente em vários
sentidos, porém um ótimo lutador e talvez a pessoa mais sincera de toda
Kurgala. Afora que, sendo filho de “Um dos Quatro”, as pessoas nunca
acreditavam quando dizia que não sabia o que era, principalmente quando dizia
de quem era filho.
Affonso, hoje em dia, é considerado o Rei da Literatura
Fantástica Nacional, e isso tudo só por causa desse livro ─ mentira, tem mais
motivos, mas são tantos que vou usar o livro só pra resumir. Eu que sou meio
lesado lendo, mas a gente dá um jeito nisso, um dia. Passei umas três, quatro
semanas lendo O Espadachim, e me
arrependo. Levando em conta que comecei a lê-lo quando foi lançado e desisti,
porque não entendia nada e acabei perdendo a paciência. Maior burrada da minha
vida, e reconheço isso hoje, com esta resenha.
Então, se eu fosse você, não cometia o mesmo erro; corre
e vai ler O Espadachim de Carvão, do
Affonso Solano, porque já tem continuação nas prateleiras das livrarias só
esperando pra ser lido, viu? O Espadachim
de Carvão e As Pontes de Puzur é um lançamento desse mês (setembro) pelo
selo Fantasy da editora LeYa e
promete continuar uma das maiores aventuras já criadas por um brasileiro.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
TOP 10 - Livros de Setembro
O
mês de setembro chegou com tudo! É aniversário do autor do blog, aniversário de
lançamento de livro, lançamento de livros novos e muitas outras coisas rolando
por aí. E é claro que não poderíamos deixar de lado os lançamentos do mês,
indicações de leitores (envie a sua para vidadeescritor@hotmail.com) e mais novidades que estão por vir. Preparados?
Aproveitem!
"Harlan
Coben é mestre em prender a atenção do leitor e criar histórias surpreendentes.
Ele vai seduzir você na primeira página apenas para chocá-lo na última." -
Dan Brown, autor de O Código Da Vinci.
Preocupados
com o comportamento cada vez mais distante de seu filho Adam - principalmente
depois do suicídio de seu melhor amigo, Spencer Hill -, o Dr. Mike Baye e sua
esposa, Tia, decidem instalar um programa de monitoração no computador do
garoto. Os primeiros relatórios não revelam nada importante. Porém, quando eles
já começavam a se sentir mais tranqüilos, uma estranha mensagem muda
completamente o rumo dos acontecimentos:
"Fica
de bico calado que a gente se safa."
Perto
dali, a mãe de Spencer, Betsy, encontra uma foto que levanta suspeitas sobre as
circunstâncias da morte de seu filho. Ao contrário do que todos pensavam, ele
não estava sozinho naquela noite fatídica. Teria sido mesmo suicídio?
Para
tornar o caso ainda mais estranho, Adam combina ir a um jogo com o pai, mas
desaparece misteriosamente. Acreditando que o garoto está correndo grande
perigo, Mike não medirá esforços para encontrá-lo.Quando duas mulheres são
assassinadas, uma série de acontecimentos faz com que a vida de todas essas
pessoas se cruzem de forma trágica, violenta e inesperada.
O Espadachim de Carvão e As Pontes de
Puzur – Affonso Solano | lançamento do mês
“Ninguém
viaja mais rápido que Puzur.” Lutando para se adaptar ao mundo dos mortais,
Adapak se refugia no navio de Sirara, farto de lidar com os segredos do
passado. Mas quando um antigo diário cai em suas mãos, o Espadachim de Carvão
acaba por mergulhar nos registros de alguém responsável por influenciar não
somente sua vida, mas a história de Kurgala – uma menina forçada a acompanhar a
jornada de um ladrão desesperado, disposto a violar as regras mais antigas que
os Quatro Que São Um deixaram para trás. Quem foi Puzur? O que procurava?
Enquanto viaja pelas páginas do tempo, Adapak desconhece que sua curiosidade
está prestes a colocá-lo sob a ameaça de algo que ele mesmo possa ter
desencadeado.
Após
lutarem grandes batalhas em Cemitérios de Dragões, Derek, Daniel, Romain, Amber
e Ashanti estão de volta à realidade em Cidades de Dragões, segundo livro da
série Legado Ranger, estreia de Raphael Draccon pelo selo Fantástica Rocco.
Depois de terem sido enviados para outra dimensão, os cinco agora tentam seguir
com suas vidas na Terra, mas quando dragões começam a aparecer em diferentes
pontos do planeta, deixando um rastro de destruição e morte, eles se veem
obrigados a assumir sua responsabilidade e iniciam uma nova batalha que já
ultrapassa a barreira entre as dimensões e que pode significar o fim da
humanidade ou a sua salvação. Repleto de ação e referências a séries japonesas
que marcaram toda uma geração, Cidades de Dragões é a sequência perfeita para
uma saga de fantasia épica.
O Mundo das Vozes Silenciadas – Carolina
Munhóz e Sophia Abrahão | lançamento do mês
Anos
após ter deixado o Reino das vozes que não se calam para trás, Sophie começou a
trabalhar como assistente de uma famosa banda de rock. Enquanto tenta lidar com
os desafios de sua nova vida, a jovem não imagina que em breve será chamada de
volta para o seu mundo mágico, o único lugar onde já se sentiu acolhida. E muito
menos o quanto sua longa ausência foi prejudicial para o Reino. Será que ela
vai precisar decidir outra vez entre a realidade e a fantasia? Uma nova jornada
repleta de descobertas e escolhas difíceis espera por Sophie e pelos leitores
em O mundo das vozes silenciadas, o novo livro de Carolina Munhóz e Sophia
Abrahão e a aguardada sequência de O Reino das vozes que não se calam, que
vendeu mais de 30 mil exemplares e figurou no ranking de bestsellers de ficção
nacional de 2014 da Nielsen.
O Nono e A Raposa Mestiça – Anderson
Martins Moura | autor parceiro do blog
Júbilo,
um povoado protegido e invisível aos olhos da humanidade. Onde a paz reinava,
até que um dia encontrou-se maldade e ganancia no coração de um dos guardiões.
Mateus toma posição e recruta oito jovens ...
...
Artur sempre viveu com seus pais na terra, uma família normal aparentemente.
Mas tudo muda quando descobre quem realmente é.
Embarque
nessa história e junto de Artur desvenda os mistérios deste mundo oculto.
Natália
é secretária em um famoso escritório de advocacia, dona de uma vaga conseguida
à duras penas, como a sua liberdade e a independência conquistada, de morar em
um apartamento simples, mas seu. Vinda de uma família humilde, Natália crescera
ao lado de Andrew, um garoto problemático que jura ouvir vozes do além e ver a
morte acompanhando as pessoas que estão prestes a partir.
Naquele
dia, entretanto, ela acordara indisposta, com muitas dores e tonturas,
levantara-se com muito esforço e com as imagens do pesadelo ainda na memória.
Ao atender o primeiro chamado diurno do chefe, Natália perde os sentidos. Dias
depois, acorda em uma cama de hospital, e se depara com uma nova realidade, uma
força de vontade e uma alegria de viver, mesmo sabendo que possui um aneurisma
cerebral que, talvez, não lhe permita viver tempo o bastante para realizar
todos os sonhos que brotaram inesperadamente.
Entre
as vontades de Natália, a mais forte e vibrante é a de encontrar o homem que a
atormenta todas as noites em seu pesadelo. Para isso ela conta integralmente
com a ajuda de Andrew, que encoraja a começar uma terapia de regressão. Porém
durante as sessões, ela se depara com terríveis lembranças de suas vidas
passadas e de como ela presenciara muitas vezes a morte catastrófica daquele
mesmo homem.
Andrew
não só a apóia na decisão de descobrir quem é o tal homem, como segue com ela
em uma viagem rumo ao desconhecido. Uma vez encontrado o intocável homem dos
sonhos, nesta vida um destemido e apaixonado piloto de acrobacias, resta-lhes
inventar uma maneira de chamar sua atenção e fazer com que ele ouça o relato de
Natália, que está convencida: nesta vida, vai livrar-lhe da morte precoce que o
aguarda.
Um
derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em
coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho,
que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo. À sua frente se
descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida
terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um
sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance.
Sua
prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de
profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar
a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos
outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus
desafios.
Na
busca de redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar
uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa?
1917.
O exímio artista irlandês Harry Clarke se encarrega de um dos trabalhos que
determinariam sua fama: a ilustração do clássico de Edgar Allan Poe,
"Contos de Imaginação e Mistério". Preparada pela editora Harrap e
publicada em Londres em 1919, a edição foi reconhecida imediatamente como uma
das joias bibliográficas da época.
Desde
Então, os desenhos de Clarke continuam exercendo um estranho magnetismo, fruto
de uma bela e trabalhosa execução que honrou as histórias sublimes que a
inspiraram.
Essa
edição lendária é retomada aqui com o prefácio de Charles Baudelaire sobre o
autor.
"Cada
um dos contos policiais de Poe é uma raiz da qual desabrocha uma literatura
inteira[...] O que eram os contos policiais antes que Poe aparecesse e soprasse
vida neles?"
Arthur
Conan Doyle
"O
homem e sua obra, ambos ocupam um lugar importante na história da fantasia,
pois Poe criou um gênero diferente, sem precedentes, e, me parece, levou o
segredo consigo. Podemos chamá-lo de 'chefe da escola da estranheza'."
Júlio
Verne
E
se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino
fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu
fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao
tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a
maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou
a criar. A lista das pessoas e das coisas que ela e Nick odiavam. A lista que
ele usou para escolher seus alvos. Agora, depois de passar o verão reclusa, se
recuperando do ferimento e trauma, Val é forçada a enfrenta uma dura realidade
ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança
do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a
família, os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus
fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo
tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance
instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente.
Mulheres – Carol Rossetti | lançamento do mês
Em
2014, a ilustradora Carol Rossetti começou a desenhar mulheres diversas para
testar seus lápis de cor. Nunca poderia imaginar que suas criações
despretensiosas ganhariam o mundo e iriam viralizar na internet a ponto de se
tornarem matéria na CNN.
Com
um traço característico e frases inspiradoras, Carol quebrou tabus e espalhou
uma mensagem que ecoou em mulheres do mundo todo: somos fortes, merecedoras de
respeito e especiais do jeito que somos, independentemente de opiniões e
julgamentos alheios.
Agora,
essa mensagem ganha o formato de livro e inclui textos sobre os temas centrais
abordados em suas ilustrações, como corpo, estilo, identidade, relacionamentos
e superação.
"Existem
mulheres negras, brancas, morenas, latinas, asiáticas, indianas, indígenas. Existem
engenheiras, donas de casa, prostitutas, senadoras, artistas, executivas,
atrizes. Há mulheres cegas, surdas, mudas. Mulheres bipolares, deprimidas,
ansiosas.
Existem
heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais.
Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
Há
mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca
discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias
que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas
escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que
eu disse até aqui.
Cada
uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e
representadas. Minha abordagem será abrangente, convidando todos os que dividem
comigo essa ideia de liberdade a celebrar a diversidade do ser humano."
Espero que tenham gostado das indicações para esse mês. E fiquem ligadinhos: todo mês tem indicação de livros no nosso blog! Até a próxima!
Assinar:
Postagens (Atom)